quinta-feira, 29 de março de 2012

TODAS QUEREM SER MARILYN MONROE



Grande parte das garotas - ou todas - ao ver a foto de Marilyn Monroe, e após conhecer pouco de sua carreira, sonham em ser como ela. Mas a vida de diva não foi fácil, principalmente no início.
Nossa fantástica Marilyn Monroe, na verdade se chama Norma Jeane Mortensen. Nasceu em 1926 em Los Angeles e se consagrou na mídia como um dos maiores ícones da cultura cinematográfica mundial, destacando sua sensualidade, beleza e popularidade.
Norma passou por momentos difíceis em sua vida. Sua mãe - Gladys Pearl Monroe – mesmo vivendo um ótimo período em sua carreira profissional no estúdio RKO, passou a ter problemas psicológicos e teve que ser internada em um hospício. Já o pai biológico de Norma nunca foi identificado, sendo que seu sobrenome foi herdado de seu padrasto Martin Edward Mortensen, que conheceu Gladys quando já estava grávida.
Norma passou parte de sua vida em casa de parentes e em orfanatos, mas em 1937 teve a oportunidade de se mudar para a casa de Grace Mckee Goddard, grande amiga da família. Já em 1942, quando Norma estava com apenas 16 anos, Grace recebeu a notícia de que seu marido seria transferido de emprego para a Costa Leste e não teriam condições de levar a jovem. Sem querer voltar para o orfanato, Norma se casa com seu namorado, conhecido a apenas seis meses, Jimmy Dougherty – 21 anos.
O mais novo casal eram felizes juntos, mas em 1944 Jimmy entrou para a Marinha e foi transferido para o Pacífico Sul. Neste momento, Norma começou a trabalhar na fábrica Rádio Plane Munition, em Burbank, na Califórnia, e alguns meses depois, enquanto tirava fotos de mulheres que ajudavam no esforço de guerra para a revista Yanke, o fotógrafo Davis Conover descobriu a bela jovem.
Após esse dia, Norma recebeu inúmeras propostas para trabalhar como modelo e posou para várias fotos. Nesse momento, sua sorte passa a mudar e em dois anos ela se torna uma respeitável modelo, tendo seu rosto e seu corpo estampado em incontáveis capas de revistas.
Buscando crescer profissionalmente, Norma se inscreve em aulas de teatro, mas em 1946, seu marido Jimmy retorna fazendo-a escolher entre o casamento e a sua carreira. Apaixonada pelo seu novo trabalho e sem a aceitação do marido, Norma se divorcia de Jimmy em junho de 1946.
Dois meses após sua separação, a mais nova artista assina seu primeiro contrato pela Twentietch Century Fox com um salário de 125 dólares por semana. Algum tempo depois, Norma muda seu nome artisticamente para Marilyn Monroe e tinge seus cabelos de loiro claríssimo – quase branco. A composição do nome artístico vem do sobrenome da sua avó materna – Monroe – e o primeiro nome era o mais chique da época - Marilyn.


Marilyn era mais do que um símbolo sexual da década de 50, com sua beleza deslumbrante, suas curvas e lábios carnudos. Ela era vulnerável e inocente, mas trazia junto a inata sensualidade, que a tornaram querida no mundo inteiro.
O primeiro papel da jovem no cinema foi uma participação não creditada em The Shocking Miss Pilgrim (Sua Alteza, a Secretária, 1947), de George Seaton. A partir desse momento, Marilyn passou a contracenar com atores consagrados da época e a participar de filmes com um maior alcance e impacto mundial. No entanto foi sua performance em Niagara (Torrentes de Paixão, 1953) de Henry Hathaway, que a tornou estrela. Marilyn fez o papel de Rose Loomis, uma jovem e bela esposa que planeja matar seu velho e ciumento marido, personagem de Joseph Cotten.
A loira mais amada de Hollywood tinha apenas 27 anos de idade e era considerada a melhor atriz iniciante de 1953 pela revista Photoplay. Mas esse grande sucesso e assédio dos fãs, fez com que os relacionamentos de Marilyn não durassem. Mas tentando quebrar esse tabu, em 4 de janeiro de 1954, a bela loira entra em seu segundo casamento com o jogador de beisebol Joe DiMaggio, terminando nove meses depois, no dia 27 de outubro de 1954.
Em 1955, Marilyn começou a seguir com mais seriedade a sua carreira de atriz, podendo mostrar que era mais que uma mulher que provocava o encanto sexual dos homens. Então ela muda-se para Nova York, e começa a estudar na escola de atores de Lee Strasberg. Um ano depois, Marilyn abriu sua própria produtora, Marilyn Monroe Productions, produzindo os filmes Bus Stop (Nunca Fui Santa, 1956), de Joshua Logan e, The Prince and the Showgirl (O Príncipe Encantado, 1957), dirigido e coestrelado por Sir Laurence Olivier. Esses dois filmes serviram para Marilyn mostrar seu talento e versatilidade como atriz. Em 1959, Marilyn teve seu trabalho reconhecido ao vencer o Globo de Ouro de “Melhor atriz em comédia”, com a sua atuação em Some Like It Hot (Quanto Mais Quente Melhor), de Billy Wilder.
No mesmo ano da abertura da produtora, Marilyn parte para o seu terceiro casamento, dessa vez com o dramaturgo Arthur Miller. Em 1961, Arthur escreveu o papel de Roslyn Taber, de The Misfits (Os desajustados), especialmente para ela. Este foi o último filme completo de Marilyn, dirigido por John Huston. O casamento com o dramaturgo acabou no dia 20 de Janeiro de 1961, o mesmo dia da posse do presidente John F. Kennedy, nos Estados Unidos, em uma tentativa de manter o assunto longe da mídia. Mas a estratégia não funcionou e a vida de Marilyn estourou mais uma vez nas capas de jornais pelo mundo a fora.


Kennedy era casado e, antes de entrar na Casa Branca, mantinha relação com Marylin. Durante sua recuperação na coluna que o deixou imobilizado, Kennedy começou a ficar apaixonado por Marylin, pois o seu irmão Bobby deixou pendurado em frente a sua cama um pôster da atriz de cabeça para baixo com uma blusa decotadíssima, short curto e pernas totalmente abertas. O caso entre eles teve início depois do divórcio da atriz com Joe di Maggio e continuou enquanto ela esteve casada com Arthur Miller.
O chefe do FBI - John Edgar Hoover - grampeou o telefone do presidente e usou isso para ameaçá-lo quando Kennedy tentou demiti-lo, e informou que a Máfia - opostos a Kennedy - também haviam grampeado o seu telefone e sabiam sobre o caso dele com Marilyn.
O irmão mais novo do presidente era o chefe de Hoover e estava determinado a acabar com a Máfia, sendo que um dos conselhos para que tudo desse certo era que Kennedy terminasse seu relacionamento com Marilyn, pois os chefes mafiosos iriam usar o caso contra ele e isso seria um escândalo na mídia e em todo o mundo.
O presidente pretendia terminar seu relacionamento secreto sem nenhum alvoroço para que não prejudicasse sua carreira e seu casamento, mas Marilyn sabia o que Kennedy estava pensando e resolveu dar a ele um último momento de glória. No aniversário do presidente, a encantadora loira cantou “Feliz aniversário, senhor presidente” na sede do Partido Democrata. Ela estava com um vestido luxuoso, descrito como de pele e pérolas, motivo de elogios por todos. Após a música, Kennedy disse que já poderia se retirar da política depois de ouvir o tão doce e encantador feliz aniversário.
Em 1962, aos 36 anos de idade, Marilyn Monroe foi nomeada a “personalidade feminina favorita de todo cinema mundial" e foi nesse mesmo ano, no dia 05 de agosto de 1962, em que a diva do cinema faleceu e enquanto dormia em sua casa em Brentwood, na Califórnia. A morte de Marilyn foi misteriosa, sendo que a versão oficial foi de overdose pela ingestão de barbitúricos, usados como antipilépticos e sedativos. As gravações dos telefonemas de Marilyn e todas as evidências de sua morte desapareceram, até o relatório da autópsia foi perdida. Os amigos da celebridade que tentaram investigar o motivo de sua morte receberam ameaças de morte. O corpo de Marilyn foi velado no Corridor of Memories, nº 24, no Westwood Memorial Park em Los Angeles, três dias após seu falecimento.



HOMENAGEM - QUERO SER MARILYN MONROE
A cinemateca está homenageando, até o dia 01 de Abril de 2012, a atriz Marilyn Monroe com peças – pinturas e fotos – de mais de cinquenta artistas, entre eles Andy Warhol, Peter Blake, Cecil Beaton e Henri Cartier-Bresson. Para completar o evento “Quero ser Marilyn Monroe”, haverá uma mostra com os principais filmes protagonizados pela atriz, mostrando os principais momentos de sua trajetória, assim como um debate com Sérgio Rizzo, ele que é crítico em cinema. 
Aos interessados, basta conferir a programação completa no site: http://www.cinemateca.gov.br/.

Lidyane Pereira

terça-feira, 20 de março de 2012

A invenção de Hugo Cabret - Crítica

A Invenção de Hugo Cabret, do diretor Martin Scorseselevou o de Oscar de Melhor Direção de Arte em 2012, não foi a toa. A história emocionante retrata a vida secreta do pequeno Hugo, que vive escondido ajustando e concertando os relógios, da estação de trem em Paris. O garoto é órfão,  e desde que seu pai morreu foi “acolhido por seu tio”, que o abandonou para viver uma vida boemia. A história gira em torno de um autômato, uma invenção que seu pai deixou ao garoto antes de falecer. O objeto tem um grande significado pro garoto, pois ele acredita que deste, irá surgir uma mensagem deixada pelo pai. Mas para a realização desta façanha, faltava uma única peça em forma de coração, a chave que ele só encontrou no pescoço da bela  Isabelle. A garota, era sobrinha de Georges Méliès ,um antigo cineasta, que não produzia mais filmes, mas tinha um grande amor escondido pelo cinema. No final as três historias se enlaçam dando continuidade a um final surpreendente.
Mesmo sendo um filme infantil, a trama mostrou que pode ser surpreende até para os mais adultos. A história dos personagens, tão particulares no início, se juntam de ao longo da historia de maneira surpreendente  sendo uma descoberta a cada ato. Traz consigo muito sentimentalismo, a cerca do sofrimento de Hugo, que por uma ótima interpretação do pequeno Asa Butterfield, que tocou a todos com sua determinação e amor pela vida.
Um dos fatos mais interessantes da produção, é o fato de trazer consigo toda a história do cinema e da vida do produtor Georges Méliés, ilusionista francês, que trouxe a sua magia para fazer efeitos incríveis na película  inventivos efeitos  de fotografias. Criando mundos incríveis, como viagens a lua e vida submarinas com sujeitos coloridos e diferentes.
Uma ótima direção de arte, que transporta a história para um tom de fábula, a homenagem ao cinema e ótimos atores, fazem do filme uma ótima escolha para uma pipoca no cinema! Bom filme!

Direção: Martin Scorsese
Duração: 127 min.
Gênero: Aventura
Elenco: Asa Butterfield, Chloe Moretz, Jude Law, Helen McCrory, Ben Kingsley, Emily Mortimer, Christopher Lee, Sacha Baron Cohen, Ray Winstone.

Daphine Augustini

quinta-feira, 15 de março de 2012

10 musicais da Broadway que foram parar nas telas de cinema






Mamma Mia - O musical chegou na Broadway em 2001 e é baseado nas músicas da banda Abba. O filme, lançado em 2008, conta com a protagonização de nada mais nada menos que Meryl Streep.


O Fantasma da Ópera - O musical estreou na Broadway em janeiro de 1988 e, desde então, nunca mais saiu de cartaz. O filme, de 2004, com Gerard Butler no papel do fantasma, recebeu inúmeras indicações ao Oscar e Globo de Ouro.


Grease - Estreou em 1971 na Broadway e durante muito tempo foi recordista de apresentações. No cinema, sete anos depois, foi estrelado por John Travolta e Olivia Newton John. Com um orçamento de US$ 6 milhões de dólares e arrecadação mundial de mais de US$ 360 milhões, o filme se tornou o de maior lucro de bilheteria dos Estados Unidos


Hello, Dolly! - O filme, de 1969, estrelado por Barbra Streisand, é baseado no musical da Broadway de 1964, mas nenhum ator do elenco original fez parte do da produção cinematográfica.


A Noviça Rebelde - A peça foi aos palcos em 1969 e chegou ao cinema em 1965. O filme, estrelado por Julie Andrews, se tornou um dos maiores sucessos da história do cinema e faturou 5 Oscars.


Cabaret - Essa produção da Broadway de 1966 virou filme em 1972 e ganhou, na época, 8 Oscars.


Moulin Rouge - Inspirado na famosa peça da Broadway, ele foi o primeiro musical a ser indicado ao Oscar após uma recessão de 23 anos sem que esse estilo ganhasse qualquer estatueta (ganhou 2, Melhor direção de arte e Melhor figurino), abrindo espaço para outros musicais futuros.


Chicago - A produção original estreiou em 1975. Vinte e um anos depois, a Broadway fez um "revival" da peça e, hoje, "Chicago" é o sétimo show há mais tempo em cartaz na história da Broadway. A versão cinematográfica foi lançada em 2002 com nomes importantes do cinema, como Catherine Zeta-Jones e Richard Gere. O filme ganhou 6 Oscars, além de outros prêmios importantes.


Evita - Estreou na Broadway em 1979 com imenso sucesso. Em 1996, o diretor Alan Parker abraçou o projeto e levou a peça ao cinema. Madonna, que fez o papel principal da trama, ganhou um Golden Globe por sua atuação.


Minha Bela Dama - O roteiro do filme, de 1964, é uma refilmagem do clássico Pigmaleão e é baseado na peça homônima, que estava sendo encenada na Broadway. O filme foi indicado a 12 categorias do Oscar e faturou 8, incluindo de Melhor filme.

Paula Lima

sexta-feira, 2 de março de 2012

Cinema - 1895

Você sabe por que o dia 28 de Dezembro de 1985 é importante para o Cinema?
Nesse dia os irmãos Lumiere fizeram a primeira presentação pública paga no Salão Grand Café, em Paris, com o invento Cinematógrafo, um aperfeiçoamento do Cinetoscópio de Thomas Edson. Esse aparelho permite registrar uma série de instantâneos fixos, em fotogramas, criando a ilusão do movimento durante certo momento. Essas imagens eram projetadas sobre uma tela, sendo que a ilusão do movimento é produzido pela retenção da retina. 
O Cinematógrafo é considerado um grande marco na história do cinema.




Para introduzir mais ao inicio da imagem em movimento, vamos falar sobre Eadweard Muybridge, que em 1876 fez uma experiência inovadora, criando "zoopraxinoscópio". O aparelho consiste em 24 câmeras fotográficas colocadas em intervalo regular ao longo de um hipódromo, com a passagem dos cavalos, os fios eram rompidos desencadeando disparos sucessivos, criando assim o movimento do animal em fotogramas. O invento foi testado inicialmente com 12 câmeras, mas o mesmo não obteve tanto sucesso. 




A propagação do cinema pelo mundo é de responsabilidade dos irmãos Lumiere, com a apresentação de pequenos filmes, sendo esses os primeiros registros do cinema amador. O primeiro audiovisual exibido na história foi "Empregados deixando a fábrica de Lumiere", produzido por Louis Lumiere. Depois desse curta, as histórias e pequenas comédias foram sendo criadas e propagadas pelo mundo.



Mesmo com a sua propagação e grandioso sucesso, o cinema ficou sem audio (mudo) por 30 anos, pois nenhum produtor ou inventor conseguiu casar a imagem com um som sincronizado. Sendo assim, até a década de 20, as exibições eram praticamente silenciosas, sendo acompanhadas com música ao vivo, ou efeitos especiais de narração e diálogos escritos, presente entre as cenas. 
Os filmes de Charles Chaplin tem essas falas como uma de suas características.


Com o crescimento dos filmes, os nickelodeons - pequenos lugares de exibição de filmes, onde se pagava o ingresso de 1 nickel - começou a expandir, juntando uma grande quantidade de pessoas, chamando a atenção da elite para o poder e para a influencia daquelas exibições. 
Os filmes começaram a aumentar sua duração, sendo que as durações eram entre 10 e 15 minutos. Mas o filme australiano produzido em 1906, "The Story of the Kelly Gang", com duração de 70 minutos, foi mais uma das inovações, sendo até hoje lembrado como o primeiro longa do história do cinema.



Em 1926, a Warner Brothers introduziu o sistema de som Vitaphone (gravação de som sobre um disco). Um ano depois, a Warner lançou o filme "The Jazz Singer", um musical que pela primeira vez na história do cinema possuia alguns diálogos e cantorias sincronizados, aliando as partes totalmente sem som. Então, em 1928 com o filme "The lights of New York" - com produção da Warner - o cinema passou a ter o primeiro filme com o som totalmente sincronizado.

Lidyane Pereira