segunda-feira, 30 de abril de 2012

Estrutura teatral no cinema

Filmes de qualidade que possuem uma situação estético-dramática com “estrutura” teatral, onde o filme acontece em um ou poucos ambientes, com poucos cenários, entre outras características atribuídas ao teatro.

Dogville

Lançado em 2003, o diretor Lars Von Trier trabalha com cenário de teatro durante o filme todo. É um filme inovador pela simplicidade de todo o panorama e pelo corte das cenas. Foi filmado em um galpão na Suécia, com poucas mesas, algumas paredes e riscos de giz no chão que fazem indicações.
O próprio diretor é também narrador, e ainda controla a câmera.

Sinopse: Durante a época da grande depressão, Grace (Nicole Kidman), uma fugitiva da máfia, encontra abrigo numa pacata cidadezinha chamada Dogville. Os habitantes no começo se mostram receptivos e bondosos com a nova moradora, mas aos poucos são reveladas as verdadeiras intenções da vila com a frágil forasteira, em um crescimento insuportável de exploração e humilhação.


Festim Diabólico

É um filme de 1948 dirigido por Alfred Hitchcock, que se baseou em uma peça teatral de Patrick Hamilton.
Festim Diabólico foi todo realizado em planos-sequência de 8 minutos (na época, o máximo que um rolo de filme podia suportar). Os cortes são quase imperceptívies devido aos truques de edição. 

Sinopse: Na cidade de Nova York, Brandon e Phillip assassinam seu amigo David, por considerarem-se superiormente intelectuais em relação a ele. Com toda a frieza e arrogância, resolvem provar para eles mesmos sua habilidade e esperteza: esconder o cadáver em um grande baú, que servirá como mesa e estará exposto no meio da sala de estar do apartamento deles, durante uma festa que realizarão logo em seguida. Baseado em uma história real. 


El Metodo

De 2005, El Metodo é dirigido por Marcelo Piñeyro e faz uma adaptação livre da peça teatral “El Método Gronholm”, de Jordi Galcerán.
O filme apoia-se em diálogos e conflitos entre os personagens que estão em uma sala de um arranha-céu enfrentando um lugar em empresa multinacional. A ação consiste em pouco mais do que um café ocasional e um ir à janela para esticar as pernas.

Sinopse: Sete executivos disputam uma vaga numa empresa em Madri (Espanha). No mesmo dia, uma reinião do G-8 faz com que as ruas da capital espanhola seja ocupada por violentos manifestantes. Mesmo assim, os candidatos participam da seleção, cujas provas são elaboradas baseadas num chamado Método Grönholm. Fechados numa sala, os candidatos têm de descobrir quem é o agente da empresa infiltrado entre eles, entre outras provações.


Quem tem medo de Virginia Wollf?

Dirigido por Mike Nichols, de 1966, “Quem tem medo de Virginia Wolff?” é uma adaptação da peça teatral escrita por Edward Albee, e é considerada a quinta-essência do teatro realista. Trata-se de 129 minutos de diálogo que se passa em um mesmo ambiente.
O filme foi nomeado para todas as categorias do Oscar.

Sinopse: George um professor universitário, e Martha, sua esposa que é também filha do reitor, recebem no final da noite Nick, um jovem professor, e Honey, sua mulher. À medida que a noite avança, as confissões entre os quatro se tornam mais ácidas e a verdade se torna algo muito deprimente.


The Man from Earth

Um filme de 2007, dirigido por Richard Schenkman, é um longa metragem americano baseado em uma obra do escritor de ficção científica Jerome Bixby.
 The Man from Earth” possui cortes normais e poucas cenas externas. É um modelo de filme que praticamente se passa em um só ambiente, uma sala com alguns sofás e lareira. 
Pautado em uma ideia que muitos já se perguntaram, o filme traz análises e questões sobre as incertezas que os humanos possuem sobre suas origens.

Sinopse: Na festa de despedida do professor John Oldman, ele supreendentemente muda o rumo da festa ao decidir contar para seus amigos que tem 14 mil anos. É quando começa um debate histórico, científico e religioso entre Oldman e seus amigos.


Life Boat

Um filme de 1944 dirigido por Alfred Hitchcock, e com roteiro baseado em um conto de John Steinbeck.
Life Boat se passa inteiramente em um barco desgovernado vagando sem rumo pelo Atlântico Norte.

Sinopse: Sobreviventes estadunidenses e britânicos se reúnem em um barco a remo, logo após o navio em que viajavam ter sido afundado por torpedos durante a II Guerra Mundial. O submarino alemão U-boat, que os atacara, também foi afundado na mesma hora. Eles resgatam da água um último sobrevivente, um alemão chamado Willi, que se dizia tripulante do submarino, mas na verdade era o capitão. Os náufragos aliados não confiam nele e descobrem suas mentiras, mas acabam tendo que se submeter à liderança do inimigo que demonstra ser o mais capacitado para guiá-los à quase impossível salvação. Mas os sobreviventes não sabem o preço que terão de pagar por essa decisão.

Rafaela Carvalho

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Comercial da Corifeu

Confira agora a primeira produção da nossa agência.
Ela teve como conceito levar o teatro para a frente das câmeras. 



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Griffith - do teatro para o cinema


David Wark Griffith nasceu em 1875 no estado de Kentucky, EUA. Antes de chegar ao cinema, o estadunidense trabalhou como jornalista e como balconista em lojas e livrarias.
Pode-se resumir a importância dele para o cinema da seguinte forma: antes de Griffith, não existia cinema. Ele reuniu e aperfeiçoou as primeiras descobertas da linguagem cinematográfica e suas técnicas influenciaram os filmes produzidos desde então. Antes dele, jamais fora visto no cinema ações montadas paralelamente construindo um clima de suspense.
Griffith foi o primeiro cineasta a utilizar nos filmes os close-ups, plano e contra-plano, a montagem paralela, os movimentos de câmera, a inserção de detalhes, criando uma dramaticidade às imagens.
Os atores, antes acostumados a fazer teatro, achavam que as aproximações de câmera propostas pelo diretor seriam um tipo de mutilação aos seus corpos e, com a nova luz e técnicas de maquiagem, eles precisaram adaptar suas interpretações e gesticular menos exageradamente.
Considerado o precursor das criações cinematográficas de Hollywood, Griffith desenvolveu a famosa técnica da montagem paralela, mais conhecida como travelling, que é quando duas cenas, que se desenvolvem ao mesmo tempo, são alternadas na tela. (Já pensou assistir a um filme de ação com a câmera parada ao invés de perseguir o carro do vilão?)

A lenda do cinema, Charles Chaplin, chamou Griffith de "o professor de todos nós" e esse sentimento foi amplamente compartilhado. Embora ele não tenha inventado novas técnicas para a gramática do cinema, ele parece ter sido o primeiro a entender como essas técnicas poderiam ser usadas para fazer do cinema uma forma de linguagem.

Paula Lima

domingo, 15 de abril de 2012

Ao longo da história do cinema, alguns filmes se eternizaram na memória dos
telespectadores. Quem nunca se emocionou com alguma frase, história ou trilha sonora? Vamos conferir o TOP 10 de frases marcantes que a Corifeu Produções preparou para você, amante do cinema.


TOP 10 FRASES MARCANTES

  Cena do filme À Procura da Felicidade


1. "Esta parte da minha vida, esta pequena parte, se chama Felicidade." -
À Procura da Felicidade

2. “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” – Homem
Aranha

3. “Mantenha seus amigos por perto e os seus inimigos mais perto ainda.”
– O Poderoso Chefão 2

4. "Eu adoro você!

Não quero ser adorada. Quero ser amada.” - Antes que termine o dia

5. “Eles podem tirar nossas vidas, mas nunca poderão tirar nossa
liberdade” – Coração Valente

6. “We'll always have Paris”- (Nós sempre teremos Paris) – Casablanca

7. “Descubra quem você é, e faça disso um propósito.” - Um amor para
recordar

8. "Dizem que um dos dois sempre ama mais. Meu Deus! Quem dera não
fosse eu." - Antes que termine o dia

9. “There is no place like our home” (Não há lugar como nosso lar) – O
Mágico de OZ

10. “Minha mãe sempre dizia: a vida é como uma caixa de chocolate. Você
nunca sabe o que vai encontrar” – Forrest Gump

Carolina Chinen

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Branca de Neve é readaptada ao cinema

O clássico “A Branca de Neve” foi criado na Alemanha no século XVIII e recontado no cinema por Walt Disney. A fábula é levada ao teatro encantando crianças e adultos, e nesse ano foi adaptada novamente as telas. A sua última versão foi lançada nos cinemas no Brasil na última sexta-feira (6) e em junho terá outro lançamento.
A história é tradicional da Alemanha, porém a mais conhecida foi divulgada pelos irmãos Grimm, dois alemães escritores de contos infantis, e publicada em um de seus livros em meados de 1820. Nas primeiras versões alemãs os anões eram substituídos por ladrões, e o diálogo da rainha má com o espelho era, na época, feito com o Sol ou a Lua.  

Uma das alterações mais populares foi feita pelos estúdios Walt Disney, lançada nos cinemas dos EUA em 1938. Foi o primeiro longa-metragem de animação produzido pela Companhia e o primeiro a estrear os “Clássicos da Disney”. Relançado diversas vezes até 1993, recebeu um Oscar especial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

O conto também foi aos palcos. Até hoje encanta grandes plateias em espetáculos infantis de teatro por todo o mundo e apresentações de balé.

A readaptação se chama “Espelho, espelho meu” e tem no elenco Julia Roberts, como a rainha má, e Lily Collins como a Branca de Neve. Em junho outra versão será lançada, “A Branca de Neve e o Caçador” com Kristen Stewart como protagonista. Os trailers mostram que houve uma super produção para a história que foi atualizada sem perder os traços originais do conto.


Rafaela Carvalho