sábado, 2 de junho de 2012

Dadaísmo, a lógica da desconstrução III

As diversas artes que o movimento dadaísta engloba

      Como publicado anteriormente o movimento não está inserido somente no cinema, mas também na música e poesia e, essencialmente, nas artes plásticas.
      Os pintores, guiados pela anarquia, não fazem uso de técnicas e temas de pintura. Com isso expressam repulsa em relação à sociedade e ao capitalismo. Na escultura dadaísta há grande dedicação à experimentação, improvisação e desordem.
      Nas artes plásticas os artistas faziam o uso de colagens e tinham o costume de aproveitar pedaços de materiais ou objetos que encontravam nas ruas.

Marcel Duphamp

Marcel Duphamp

Max Ernest

Max Ernest

Hans Arp


Hans Arp

      O cinema e a fotografia dadaísta foram guiados por espontaneidade inata que resultou em algo absurdo e abstrato. Apesar do caráter experimental, essas obras estiveram no topo da modernidade e passaram a fazer parte da história destas duas artes.

Man Ray

Man Ray

Hans Richter

  Na literatura a falta de sentido alcançou sua expressão máxima:
"Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros jesus chamando criancinhas do dia, o retorno a primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano." Tristan Tzara.


   Tristan Tzara: poeta que participou na fundação do movimento dadaísta em Zurique em 1916.



Rafaela Carvalho


    

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