segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Estreia – Meninos Também Choram


Depois de muitas visitas à chácara, histórias emocionantes, decupagens e intermináveis edições, chegou o grande dia! 
A estréia do documentário “Meninos Também Choram” é hoje, às 19h, no auditório Nilton de Souza (PUC-PR).


Gravação na chácara Menino de 4 Pinheiros


Estão todos convidados!


Confira, a seguir, o making of do documentário:









Paula Lima

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Nova produção da Corifeu Produções

A agência Corifeu Produções está em andamento com o seu novo documentário "Meninos também choram".
O curta está sendo produzido em Mandirituba-PR, na chácara Menino de Quatro Pinheiros, desde o segundo semestre deste ano.
A estreia acontecerá no dia 19 de novembro, às 19h, no anfiteatro do Bloco Vermelho da PUCPR.

"O documentário conta histórias de jovens que passaram pela Chácara Meninos de Quatro Pinheiros. Abandonados ou retirados de seus lares por violência doméstica, esses garotos têm suas vidas cruzadas quando vão morar nesta instituição.
Drogas, abusos, negligência viraram rotina para esses órfãos do sistema.
Chamados de "problema social pelos olhos do mundo, o documentário entre na alma de seus personagens e mostra que meninos também choram".



terça-feira, 23 de outubro de 2012

CineMaterna - cinema para mamães e bebês



    Você que já é mãe, entende que quando a maternidade acontece muitas das tarefas que eram feitas antes, se tornam mais complicadas. Pensando nesta situação um grupo de discussão pela internet sobre parto humanizado e maternidade ativa, pensou em criar o CineMaterna. 


                                          Divulgação


    A ideia começou após que uma mãe cinéfila declarou que sentia muita falta de ir ao cinema após o nascimento de seu primeiro filho. O CineMaterna então, organizou um grupo de 10 mães com seus bebês - entre 20 dias e 4 meses de idade "invadiram" um cinema para a primeira sessão batizada de CineMaterna , em fevereiro de 2008. As sessões acontecem em diversos lugares do pais.

    Desde o começo o programa foi um sucesso! E as mães logo transformaram essa atividade em um encontro semanal . Nesses encontros as mamães podiam além de conferir os filmes, amamentar, trocar fraldas conversar sobre a experiência da maternidade.Cláudia Frivori, professora, logo após dar a luz a seu filho, Matheus, pensou que não poderia mais frequentar o cinema por muito tempo. Quando ficou sabendo das sessões, logo se inscrever e foi assistir. Ela e Matheus foram ao cinema quando ele tinha apenas 20 dias."Foi ótimo poder frequentar o cinema junto ao meu bebê e saber que sou respeitada como mãe", disse.


                                         Divulgação

    
   O projeto encanta as mamães , principalmente pelo fato de que ao dar a luz os dois não querem se desgrudar. Matiely Semiguem, bailarina, é mãe do Mathias de 2 meses, ela acredita que estas sessões são muito importantes, pois os bebes estarão em um ambiente só de mães e filhos, um local mais calmo e aconchegante.  "Saber que todas ali estão nas mesmas condições que a minha e não vão reclamar se eu levantar no meio da seção para trocar a fralda e amamentar ou ate mesmo se meu bebe chorar é maravilhoso", diz Matiely.

Para mais informações, acesse  http://www.cinematerna.org.br/.

FAP realiza Seminário Nacional Cinema em Perspectiva


A Faculdade de Artes do Paraná (FAP) realiza de 06 a 09 novembro em Curitiba, o Seminário Nacional Cinema em Perspectiva. O intuito do encontro é discutir e atualizar estudantes e profissionais sobre os desafios da multiplicidade de perspectivas dos tempos atuais.
          Em paralelo serão realizadas a IV Semana Acadêmica de Cinema, o Seminário de Práticas em Cinema e mostras de filmes dos mais variados gêneros e estilos. Os temas em destaque são Cinema e Educação na perspectiva contemporânea; O lugar do som no cinema, Roteiro Cinematográfico, percursos e desvios; A produção cinematográfica à luz das novas leis de fomento; e Cinema Documentário em perspectiva.
          No evento acontecerão conferências, mesas-redondas, simpósios, oficinas, mostras referentes ao tema, palestras, apresentações culturais, lançamentos de livros, comunicações, cobrindo as diferentes perspectivas do cinema e seu caráter multidisciplinar. Também estarão disponíveis pesquisas, produções intelectuais e outras atividades desenvolvidas no campo de investigação do cinema e vídeo, desenvolvidas ao longo do ano letivo, nos diferentes segmentos do curso de cinema.

Para mais informações sobre a programação e inscrições acesse o site: www.cinemaemperspectiva.com.br

Fonte: Governo do Estado do Paraná

Rafaela Carvalho

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cineclube Sesi exibe Ciclo Vanguardas Cinematográficas em outubro


      O Cineclube Sesi exibe durante este mês filmes de cineastas que lutavam por um cinema livre. As exibições acontecem na Sala Multiartes, no Centro Cultural Sistema Fiep.
     Segundo o site do Sesi os filmes servem como uma introdução ao cinema surrealista ("O Sangue de um Poeta", de Jean Cocteau), expressionista ("O Anjo Azul", de Joseph Von Sternberg), impressionista ("Napoleão", de Abel Gance) e , no meio desta revolução estética, o filme do brasileiro Mario Peixoto, "Limite".
      Cinema de Vanguarda é cinema de invenção, de poesia, mas também um cinema de resistência. A palavra "vanguarda" vem do léxico militar e designa os soldados que vão à frente no campo de batalha. No caso destes cineastas e das propostas estéticas em questão, a batalha era pela libertação do cinema das amarras narrativas e das imposições comerciais. 

      O curador no Cineclube, Miguel Haoni, explica que “o ciclo traz uma pequena amostra de alguns dos movimentos que durante os anos 20 e 30 pretendiam oferecer resistência à hegemonia do recém-estabelecido cinema narrativo”. Após a exibição dos filmes acontece um bate-papo que aborda todas as questões propostas pelos cineastas.


Cineclube Sesi
      O Cineclube Sesi é uma iniciativa das áreas de Cultura e Educação – Centro de Línguas e Culturas, que durante o ano oferece para o público o contato com um idioma estrangeiro através de atividades diferenciadas e que fomentam o interesse por diversas culturas.

Programação:
Data: 04/10, às 18h30
 “Napoleão”, de Abel Gance (1927)

Duração: 235 min
Classificação: 12 anos
Discussão: Devido ao tempo de duração do filme, não haverá discussão após a sessão

Data: 11/10, às 19h30
 
“O Anjo Azul”, de Joseph Von Sternberg (1930)
Duração: 90 min
Classificação: 14 anos
Discussão: Português e inglês


Data: 18/10, às 19h30
 
“O Sangue de um Poeta”, de Jean Cocteau (1930)
Duração: 55 min
Classificação: 14 anos
Discussão: Português e francês
Parceria: Aliança Francesa de Curitiba e Institut Français


 Data: 25/10, às 19h30
 “Limite”, de Mario Peixoto (1931)
Duração: 120 min
Classificação: Livre
Discussão: Somente em português

*As exibições dos filmes acontecem na Sala Multiartes do Centro Cultural Sistema Fiep (Av. Cândido de Abreu, 200 - Centro)
*Informações pelo site: www.sesipr.org.br/cultura
*Vagas limitadas por ordem de chegada.


Fontes: SesiPR e CinemaSkope

Rafaela Carvalho

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Festival Anima Mundi inicia hoje em Curitiba


         
          O 20ª Festival Anima Mundi acontece a partir de hoje (21) até o dia 27 de setembro em Curitiba. A programação é composta por uma seleção exclusiva de curtas e longas-metragens de vários países, palestras e oficinas abertas ao público. O Anima Mundi está acontecendo no Shopping Crystal.
          Conforme o site do evento foram selecionados mais de 60 filmes para o recorte itinerante do Festival. "São curtas e longas-metragens premiados internacionalmente e retrospectivas de autores convidados. Ao todo são 11 sessões, com aproximadamente 1 hora de duração cada".
          Além da programação dos filmes o Festival oferece oficinas gratuitas sobre a criação de animações, onde os participantes podem fazer o roteiro, a gravação e edição do próprio filme. E ainda o evento terá uma palestra ministrada pelo diretor brasileiro Marcelo Marão.
          O Festival acontece no Shopping Crystal e Espaço Itaú de Cinema, ambos localizados na Rua Comendador Araújo, 731, Batel. As sessões acontecem às 14h, 15h30, 17h, 18h30, 20h e 21h30. Os ingressos custam R$ 8,00 e R$ 4,00 a meia entrada.



Acesse o site do Festival Anima Mundi e confira a programação: http://www.animamundi.com.br/

Rafaela Carvalho

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Cinema Brasileiro Hoje



   O livro O Cinema Brasileiro Hoje, de Pedro Butcher, explica o cinema da "Retomada" - nome dado ao cinema brasileiro atual a partir da recuperação da produção cinematográfica no Brasil de 1993 e 1994
   Butcher inicia o livro isolando e explicando brevemento as palavras “cinema” e “brasileiro”. O primeiro surgiu no final do século XIX, na Europa, espalhando-se rapidamente ao redor do mundo com muita procura da sociedade como forma de entretenimento. Com o passar do tempo, novas tecnologias surgiram para retratar a realidade, de forma que o filme tradicional viesse a ser somente uma das formas de audiovisual.
   Quando fala sobre o “brasileiro”, o autor se utiliza de François Truffaut e sua teoria de que cinema nacional não existe, mas sim cineastas nacionais. Ele diz que uma das poucas exceções é o cinema americano, pois é o mais influente no mundo. Nos Estados Unidos que nasceram as grandes produções do cinema, em Hollywood, especificamente. Desde o século XX, os filmes americanos são majoritários no mercado nacional e internacional.


   O primeiro capítulo traz o processo de recuperação do cinema brasileiro após a grande crise que aconteceu nos anos 90, porém ele deixa claro que a “retomada” a que tanto se refere é usada no seu sentido literal de retomar aquilo que foi interrompido e que a crise não aconteceu por fatos marcados, mas sim por “surtos”. A crise do cinema foi reflexo de tudo que acontecia no Brasil naquele momento, como a extinção da Embrafilme, que não resistiu a competição com a TV, e o impeachment de Collor.
   Os filmes produzidos nos anos 90 não geraram muito público e o Festival de Cinema de Gramado, por exemplo, desistiu de exibir os filmes nacionais. Somente em 1994 o cinema começa a dar sinal de recuperação com a estreia de A Terceira Margem do Rio, Lamarca, Veja Esta Canção, entre outros, e em 1995 que essa recuperação se torna mais forte. Carlota Joaquina não prometia muito sucesso, mas a resposta do público foi muito maior que o esperado e, em pouco tempo, o filme já havia vendido mais de 1 milhão de ingressos e distribuído cópias por todo país. 


   Terra Estrangeira, de Walter Salles, não fez o mesmo sucesso que Carlota, mas trouxe uma reflexão sobre o que estava acontecendo no país naquela época, gerando debates e participações em festivais, o que atraiu a atenção internacional para o cinema nacional brasileiro.
   No capítulo seguinte, Butcher cita os anos 70 e 80, como também o crescimento do mercado televisivo que aumentou as produtoras audiovisuais. A fixação da Rede Globo fez com que muitas pessoas se interessassem mais pelo mercado audiovisual e procurando o Jornalismo, o Cinema e afins para formação e profissionalização.
   Depois do ano de 1995, muitos diretores lançarem seus primeiros filmes no Brasil, mesmo sem incentivo algum. Alguns deles abriram suas companhias e estas se tornaram os pólos de produção da retomada, como a Videofilme (dos irmãs Salles) e a O2 filmes (de Fernando Meirelles).
   Em 1998, com a estreia de Central do Brasil, o cinema de retomada entrou em uma fase nova e o filme teve uma procura incomum dentro e fora do país. Apesar das críticas, o filme de Walter Salles acumulou mais de 20 troféus e estreou em vários países do mundo inteiro, o que fez de Walter o diretor de retomada de maior prestígio internacional.


   Depois da estreia de Central do Brasil, os filmes começaram a retratar a violência urbana, antes mascarada pelos governantes e até mesmo pela população, como foi o caso de Cidade de Deus e Ônibus 174.
   Cidade de Deus abriu portas para Carandiru que atingiu 4,6 milhões de espectadores em 30 semanas seguidas em cartaz. O filme foi selecionado para o Festival de Cannes de 2003, ampliando o prestígio do cinema brasileiro. Ambos os filmes, apesar de apresentarem estéticas diferenciadas, trouxeram o mundo do crime para a realidade de quem, muitas vezes, nunca tinha tido contato com este. O sucesso de Carandiru ajudou a alavancar o cinema nacional, voltando a casa dos 100 milhões de espectadores só no ano de 2003.

Cidade de Deus

Ônibus 174

Carandiru

   No capítulo 6, Butcher apresenta o crescimento da televisão, que gerou algumas transformações marcantes no modo de “fazer cinema”. A Globo concentrou a produção nacional audiovisual tanto no campo narrativo, com suas novelas, séries e minisséries e também no jornalismo, influenciando a vida da sociedade brasileira em todos os pontos. Os filmes produzidos nesta época também não escaparam do chamado “padrão Globo de qualidade”.
   O autor questiona o leitor se realmente existia/existe o cinema independente, apontando os fatos históricos da Globo Filmes e o surgimento do cinema nas outras emissoras de TV. Na Globo Filmes, existe a possibilidade de fazer cinema independente, que não obedece todas as normas do padrão da emissora, visto que esta se diz sempre aberta ao que é inovador. Cidade de Deus e Carandiru foram produções da emissora e se tornaram sucessos maiores que os mais adequados aos padrões da Globo, como, por exemplo, Acquaria, com Sandy & Junior.



   Entre 1995 e 2004, mais de 40 documentários foram lançados, o que foi um “feito excepcional”, pois as salas de cinema há muito tempo se dedicavam apenas as narrativas. Walter Salles, que trabalha com os dois gêneros, diz que ficou muito difícil competir com a realidade. Não é a toa que os filmes sobre pobreza, tráfico de drogas e crime como Tropa de Elite, grande sucesso do cinema brasileiro, são muito mais procurados pelo público que as narrativas de comédia e drama.
   Butcher conclui sua obra dizendo que o Brasil está sim em uma fase de ascensão no cinema, mas muito longe de de atingir um patamar ideal. A proporção de sala de cinema/habitantes, em 2003, era de uma para 93,4 mil, sendo o ideal de uma para cada 30 mil. Houve realmente uma grande reestruturação, profissionalização e maior acesso as tecnologias que vemos nas grandes produções Hollywoodianas, mas ainda não há o amadurecimento dos projetos antes da produção do filme propriamente dito. Muitos filmes entram em cartaz e ainda nem têm um acordo de distribuição, por exemplo, o que enfraquece a produção. Existe, portanto, um longo caminho a ser percorrido. 


Paula Lima