segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Estreia – Meninos Também Choram


Depois de muitas visitas à chácara, histórias emocionantes, decupagens e intermináveis edições, chegou o grande dia! 
A estréia do documentário “Meninos Também Choram” é hoje, às 19h, no auditório Nilton de Souza (PUC-PR).


Gravação na chácara Menino de 4 Pinheiros


Estão todos convidados!


Confira, a seguir, o making of do documentário:









Paula Lima

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Nova produção da Corifeu Produções

A agência Corifeu Produções está em andamento com o seu novo documentário "Meninos também choram".
O curta está sendo produzido em Mandirituba-PR, na chácara Menino de Quatro Pinheiros, desde o segundo semestre deste ano.
A estreia acontecerá no dia 19 de novembro, às 19h, no anfiteatro do Bloco Vermelho da PUCPR.

"O documentário conta histórias de jovens que passaram pela Chácara Meninos de Quatro Pinheiros. Abandonados ou retirados de seus lares por violência doméstica, esses garotos têm suas vidas cruzadas quando vão morar nesta instituição.
Drogas, abusos, negligência viraram rotina para esses órfãos do sistema.
Chamados de "problema social pelos olhos do mundo, o documentário entre na alma de seus personagens e mostra que meninos também choram".



terça-feira, 23 de outubro de 2012

CineMaterna - cinema para mamães e bebês



    Você que já é mãe, entende que quando a maternidade acontece muitas das tarefas que eram feitas antes, se tornam mais complicadas. Pensando nesta situação um grupo de discussão pela internet sobre parto humanizado e maternidade ativa, pensou em criar o CineMaterna. 


                                          Divulgação


    A ideia começou após que uma mãe cinéfila declarou que sentia muita falta de ir ao cinema após o nascimento de seu primeiro filho. O CineMaterna então, organizou um grupo de 10 mães com seus bebês - entre 20 dias e 4 meses de idade "invadiram" um cinema para a primeira sessão batizada de CineMaterna , em fevereiro de 2008. As sessões acontecem em diversos lugares do pais.

    Desde o começo o programa foi um sucesso! E as mães logo transformaram essa atividade em um encontro semanal . Nesses encontros as mamães podiam além de conferir os filmes, amamentar, trocar fraldas conversar sobre a experiência da maternidade.Cláudia Frivori, professora, logo após dar a luz a seu filho, Matheus, pensou que não poderia mais frequentar o cinema por muito tempo. Quando ficou sabendo das sessões, logo se inscrever e foi assistir. Ela e Matheus foram ao cinema quando ele tinha apenas 20 dias."Foi ótimo poder frequentar o cinema junto ao meu bebê e saber que sou respeitada como mãe", disse.


                                         Divulgação

    
   O projeto encanta as mamães , principalmente pelo fato de que ao dar a luz os dois não querem se desgrudar. Matiely Semiguem, bailarina, é mãe do Mathias de 2 meses, ela acredita que estas sessões são muito importantes, pois os bebes estarão em um ambiente só de mães e filhos, um local mais calmo e aconchegante.  "Saber que todas ali estão nas mesmas condições que a minha e não vão reclamar se eu levantar no meio da seção para trocar a fralda e amamentar ou ate mesmo se meu bebe chorar é maravilhoso", diz Matiely.

Para mais informações, acesse  http://www.cinematerna.org.br/.

FAP realiza Seminário Nacional Cinema em Perspectiva


A Faculdade de Artes do Paraná (FAP) realiza de 06 a 09 novembro em Curitiba, o Seminário Nacional Cinema em Perspectiva. O intuito do encontro é discutir e atualizar estudantes e profissionais sobre os desafios da multiplicidade de perspectivas dos tempos atuais.
          Em paralelo serão realizadas a IV Semana Acadêmica de Cinema, o Seminário de Práticas em Cinema e mostras de filmes dos mais variados gêneros e estilos. Os temas em destaque são Cinema e Educação na perspectiva contemporânea; O lugar do som no cinema, Roteiro Cinematográfico, percursos e desvios; A produção cinematográfica à luz das novas leis de fomento; e Cinema Documentário em perspectiva.
          No evento acontecerão conferências, mesas-redondas, simpósios, oficinas, mostras referentes ao tema, palestras, apresentações culturais, lançamentos de livros, comunicações, cobrindo as diferentes perspectivas do cinema e seu caráter multidisciplinar. Também estarão disponíveis pesquisas, produções intelectuais e outras atividades desenvolvidas no campo de investigação do cinema e vídeo, desenvolvidas ao longo do ano letivo, nos diferentes segmentos do curso de cinema.

Para mais informações sobre a programação e inscrições acesse o site: www.cinemaemperspectiva.com.br

Fonte: Governo do Estado do Paraná

Rafaela Carvalho

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cineclube Sesi exibe Ciclo Vanguardas Cinematográficas em outubro


      O Cineclube Sesi exibe durante este mês filmes de cineastas que lutavam por um cinema livre. As exibições acontecem na Sala Multiartes, no Centro Cultural Sistema Fiep.
     Segundo o site do Sesi os filmes servem como uma introdução ao cinema surrealista ("O Sangue de um Poeta", de Jean Cocteau), expressionista ("O Anjo Azul", de Joseph Von Sternberg), impressionista ("Napoleão", de Abel Gance) e , no meio desta revolução estética, o filme do brasileiro Mario Peixoto, "Limite".
      Cinema de Vanguarda é cinema de invenção, de poesia, mas também um cinema de resistência. A palavra "vanguarda" vem do léxico militar e designa os soldados que vão à frente no campo de batalha. No caso destes cineastas e das propostas estéticas em questão, a batalha era pela libertação do cinema das amarras narrativas e das imposições comerciais. 

      O curador no Cineclube, Miguel Haoni, explica que “o ciclo traz uma pequena amostra de alguns dos movimentos que durante os anos 20 e 30 pretendiam oferecer resistência à hegemonia do recém-estabelecido cinema narrativo”. Após a exibição dos filmes acontece um bate-papo que aborda todas as questões propostas pelos cineastas.


Cineclube Sesi
      O Cineclube Sesi é uma iniciativa das áreas de Cultura e Educação – Centro de Línguas e Culturas, que durante o ano oferece para o público o contato com um idioma estrangeiro através de atividades diferenciadas e que fomentam o interesse por diversas culturas.

Programação:
Data: 04/10, às 18h30
 “Napoleão”, de Abel Gance (1927)

Duração: 235 min
Classificação: 12 anos
Discussão: Devido ao tempo de duração do filme, não haverá discussão após a sessão

Data: 11/10, às 19h30
 
“O Anjo Azul”, de Joseph Von Sternberg (1930)
Duração: 90 min
Classificação: 14 anos
Discussão: Português e inglês


Data: 18/10, às 19h30
 
“O Sangue de um Poeta”, de Jean Cocteau (1930)
Duração: 55 min
Classificação: 14 anos
Discussão: Português e francês
Parceria: Aliança Francesa de Curitiba e Institut Français


 Data: 25/10, às 19h30
 “Limite”, de Mario Peixoto (1931)
Duração: 120 min
Classificação: Livre
Discussão: Somente em português

*As exibições dos filmes acontecem na Sala Multiartes do Centro Cultural Sistema Fiep (Av. Cândido de Abreu, 200 - Centro)
*Informações pelo site: www.sesipr.org.br/cultura
*Vagas limitadas por ordem de chegada.


Fontes: SesiPR e CinemaSkope

Rafaela Carvalho

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Festival Anima Mundi inicia hoje em Curitiba


         
          O 20ª Festival Anima Mundi acontece a partir de hoje (21) até o dia 27 de setembro em Curitiba. A programação é composta por uma seleção exclusiva de curtas e longas-metragens de vários países, palestras e oficinas abertas ao público. O Anima Mundi está acontecendo no Shopping Crystal.
          Conforme o site do evento foram selecionados mais de 60 filmes para o recorte itinerante do Festival. "São curtas e longas-metragens premiados internacionalmente e retrospectivas de autores convidados. Ao todo são 11 sessões, com aproximadamente 1 hora de duração cada".
          Além da programação dos filmes o Festival oferece oficinas gratuitas sobre a criação de animações, onde os participantes podem fazer o roteiro, a gravação e edição do próprio filme. E ainda o evento terá uma palestra ministrada pelo diretor brasileiro Marcelo Marão.
          O Festival acontece no Shopping Crystal e Espaço Itaú de Cinema, ambos localizados na Rua Comendador Araújo, 731, Batel. As sessões acontecem às 14h, 15h30, 17h, 18h30, 20h e 21h30. Os ingressos custam R$ 8,00 e R$ 4,00 a meia entrada.



Acesse o site do Festival Anima Mundi e confira a programação: http://www.animamundi.com.br/

Rafaela Carvalho

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Cinema Brasileiro Hoje



   O livro O Cinema Brasileiro Hoje, de Pedro Butcher, explica o cinema da "Retomada" - nome dado ao cinema brasileiro atual a partir da recuperação da produção cinematográfica no Brasil de 1993 e 1994
   Butcher inicia o livro isolando e explicando brevemento as palavras “cinema” e “brasileiro”. O primeiro surgiu no final do século XIX, na Europa, espalhando-se rapidamente ao redor do mundo com muita procura da sociedade como forma de entretenimento. Com o passar do tempo, novas tecnologias surgiram para retratar a realidade, de forma que o filme tradicional viesse a ser somente uma das formas de audiovisual.
   Quando fala sobre o “brasileiro”, o autor se utiliza de François Truffaut e sua teoria de que cinema nacional não existe, mas sim cineastas nacionais. Ele diz que uma das poucas exceções é o cinema americano, pois é o mais influente no mundo. Nos Estados Unidos que nasceram as grandes produções do cinema, em Hollywood, especificamente. Desde o século XX, os filmes americanos são majoritários no mercado nacional e internacional.


   O primeiro capítulo traz o processo de recuperação do cinema brasileiro após a grande crise que aconteceu nos anos 90, porém ele deixa claro que a “retomada” a que tanto se refere é usada no seu sentido literal de retomar aquilo que foi interrompido e que a crise não aconteceu por fatos marcados, mas sim por “surtos”. A crise do cinema foi reflexo de tudo que acontecia no Brasil naquele momento, como a extinção da Embrafilme, que não resistiu a competição com a TV, e o impeachment de Collor.
   Os filmes produzidos nos anos 90 não geraram muito público e o Festival de Cinema de Gramado, por exemplo, desistiu de exibir os filmes nacionais. Somente em 1994 o cinema começa a dar sinal de recuperação com a estreia de A Terceira Margem do Rio, Lamarca, Veja Esta Canção, entre outros, e em 1995 que essa recuperação se torna mais forte. Carlota Joaquina não prometia muito sucesso, mas a resposta do público foi muito maior que o esperado e, em pouco tempo, o filme já havia vendido mais de 1 milhão de ingressos e distribuído cópias por todo país. 


   Terra Estrangeira, de Walter Salles, não fez o mesmo sucesso que Carlota, mas trouxe uma reflexão sobre o que estava acontecendo no país naquela época, gerando debates e participações em festivais, o que atraiu a atenção internacional para o cinema nacional brasileiro.
   No capítulo seguinte, Butcher cita os anos 70 e 80, como também o crescimento do mercado televisivo que aumentou as produtoras audiovisuais. A fixação da Rede Globo fez com que muitas pessoas se interessassem mais pelo mercado audiovisual e procurando o Jornalismo, o Cinema e afins para formação e profissionalização.
   Depois do ano de 1995, muitos diretores lançarem seus primeiros filmes no Brasil, mesmo sem incentivo algum. Alguns deles abriram suas companhias e estas se tornaram os pólos de produção da retomada, como a Videofilme (dos irmãs Salles) e a O2 filmes (de Fernando Meirelles).
   Em 1998, com a estreia de Central do Brasil, o cinema de retomada entrou em uma fase nova e o filme teve uma procura incomum dentro e fora do país. Apesar das críticas, o filme de Walter Salles acumulou mais de 20 troféus e estreou em vários países do mundo inteiro, o que fez de Walter o diretor de retomada de maior prestígio internacional.


   Depois da estreia de Central do Brasil, os filmes começaram a retratar a violência urbana, antes mascarada pelos governantes e até mesmo pela população, como foi o caso de Cidade de Deus e Ônibus 174.
   Cidade de Deus abriu portas para Carandiru que atingiu 4,6 milhões de espectadores em 30 semanas seguidas em cartaz. O filme foi selecionado para o Festival de Cannes de 2003, ampliando o prestígio do cinema brasileiro. Ambos os filmes, apesar de apresentarem estéticas diferenciadas, trouxeram o mundo do crime para a realidade de quem, muitas vezes, nunca tinha tido contato com este. O sucesso de Carandiru ajudou a alavancar o cinema nacional, voltando a casa dos 100 milhões de espectadores só no ano de 2003.

Cidade de Deus

Ônibus 174

Carandiru

   No capítulo 6, Butcher apresenta o crescimento da televisão, que gerou algumas transformações marcantes no modo de “fazer cinema”. A Globo concentrou a produção nacional audiovisual tanto no campo narrativo, com suas novelas, séries e minisséries e também no jornalismo, influenciando a vida da sociedade brasileira em todos os pontos. Os filmes produzidos nesta época também não escaparam do chamado “padrão Globo de qualidade”.
   O autor questiona o leitor se realmente existia/existe o cinema independente, apontando os fatos históricos da Globo Filmes e o surgimento do cinema nas outras emissoras de TV. Na Globo Filmes, existe a possibilidade de fazer cinema independente, que não obedece todas as normas do padrão da emissora, visto que esta se diz sempre aberta ao que é inovador. Cidade de Deus e Carandiru foram produções da emissora e se tornaram sucessos maiores que os mais adequados aos padrões da Globo, como, por exemplo, Acquaria, com Sandy & Junior.



   Entre 1995 e 2004, mais de 40 documentários foram lançados, o que foi um “feito excepcional”, pois as salas de cinema há muito tempo se dedicavam apenas as narrativas. Walter Salles, que trabalha com os dois gêneros, diz que ficou muito difícil competir com a realidade. Não é a toa que os filmes sobre pobreza, tráfico de drogas e crime como Tropa de Elite, grande sucesso do cinema brasileiro, são muito mais procurados pelo público que as narrativas de comédia e drama.
   Butcher conclui sua obra dizendo que o Brasil está sim em uma fase de ascensão no cinema, mas muito longe de de atingir um patamar ideal. A proporção de sala de cinema/habitantes, em 2003, era de uma para 93,4 mil, sendo o ideal de uma para cada 30 mil. Houve realmente uma grande reestruturação, profissionalização e maior acesso as tecnologias que vemos nas grandes produções Hollywoodianas, mas ainda não há o amadurecimento dos projetos antes da produção do filme propriamente dito. Muitos filmes entram em cartaz e ainda nem têm um acordo de distribuição, por exemplo, o que enfraquece a produção. Existe, portanto, um longo caminho a ser percorrido. 


Paula Lima

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Curitiba Zero Grau

        Depois de esperar dois anos, devido a falta de verba para distribuição, o drama Curitiba Zero Grau, que estreou nos cinemas no dia 17 de agosto de 2012, retrata o que se passa nas grandes cidades do Brasil, neste caso na capital mais fria do país.
       Um empresário bem de vida (Edson Rocha), dono de uma loja de carros e morador de um condomínio fechado, coloca sua vida em risco ao apostar em um negócio perigoso, envolvendo veículos importados sem a documentação exigida. Ele pode até ser rico e ter cometido um deslize ético. Mas também é capaz de atos sinceros de generosidade e de perceber o mundo ao seu redor . Um motoboy, muito bem interpretado pelo talentoso (Diegho Kozievitch) recém-separado da mulher e da filha pequena, provoca, sem querer, uma tragédia por causa de uma discussão banal no trânsito. Um jovem à procura de um caminho, que escapa dos estereótipos e ganha complexidade à medida que sua rota um tanto desgovernada se desenha dentro da narrativa. Um motorista de ônibus (Jackson Antunes) tenta socorrer uma família de migrantes pobres a arrumar um teto. O ator já conhecido pelos seus papéis em novelas da Rede Globo caracteriza muito bem o personagem, ele faz parecer que nasceu para isto e trabalhou ali a vida inteira. Um catador de papel (Lori Santos) tenta conseguir dinheiro para comprar remédio para a filha doente, embora esteja a um passo da marginalidade, valoriza a educação dos filhos e não se comporta como vítima da sociedade.
       A história dos quatro personagens são enlaçadas pelo grande problema atual: dinheiro, ou neste caso, a falta dele! Outra semelhança no núcleo destes personagens se passa em um doa maiores problemas atuais das metrópoles: o trânsito. Grande parte das histórias são contadas neste cenário.
       Curitiba Zero Grau foi rodado em película e finalizado em 35mm. Segundo o diretor “A intenção é mostrar um outro Brasil, ou um Brasil menos conhecido – o paranaense”. Suas locações, pontos turísticos e ruas conhecidas de Curitiba caracterizam bem os contrastes da capital paranaense.
       A trilha sonora é totalmente curitibana, como não poderia deixar de ser. Apesar da maioria de suas músicas ser instrumental foram todas feitas por bandas da capital paranaense e combinam com o núcleo dos personagens. E o sotaque... aaah esse o filme não deixa passar despercebido, por mais forçado que possa parecer em alguns momentos e que todos os curitibanos insistam em negar - falamos com o sotaque sim!
       Há vários méritos no filme de Elói, o mais evidente é que este é o tipo eficiente de roteiro, escrito em parceria com Erico Beduschi e Altenir Silva. A forma como as histórias dos quatro protagonistas se entrecruzam, deixa o filme mais ágil, não o torna cansativo e esse recurso não parece forçado e inverossímil, é uma das apostas dos filmes atuais. Sem falar na engenhosa ideia de que cada personagem narre a história do outro. Outra qualidade é a capacidade do filme de falar dos muitos contrastes sociais da cidade sem recorrer a clichês ou a representações simplificadoras.
       O grande pecado de Elói Pires Ferreira foi ter criado um filme simples. O drama de seu personagens segue o final que esperamos, os cortes são feitos nos pontos exatos para a finalização quase clichê. Em alguns personagens falta expressão, em algumas cenas falta foco e em outras há pequenos erros que poderiam ter sido cortados sem Outra falha, desta vez por culpa da população paranaense, é a quantidade de pessoas que procuram os cinemas para ver este filme. Os curitibanos, de certa forma, ainda possuem um preconceito com o trabalho do seu próprio estado. Mas a dica é para que todos assistam, vale a pena e vocês não vão "jogar fora" o dinheiro do ingresso.
       O longa-metragem Curitiba Zero Grau teve sua primeira exibição pública no Festival Internacional do Rio de Janeiro, A produção que traz em seu elenco o ator global Jackson Antunes,além de Edson Rocha, Lori Santos e Diego Kozievitch, também  foi exibida no festival de Havana, em Cuba,  na mostra de filmes brasileiros no Japão e  no Cinesul 2011 – Festival  Ibero-Americano de Cinema e Vídeo/RJ, onde conquistou o primeiro lugar na categoria “Eleitos do Público”.


Luana Marques

domingo, 26 de agosto de 2012

Aly Muritiba conta sobre a produção de “A Fábrica” na Semana Acadêmica PUCPR

Aconteceu a Semana Acadêmica da Escola de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR. Na última quarta-feira (22) o cineasta Aly Muritiba esteve presente no evento em palestra sobre “A imagem como forma de comunicação do século XXI” e, na ocasião, contou como foi a produção do seu curta-metragem “A Fábrica”.


Cineasta Aly Muritiba

          “A Fábrica”, produzida e dirigida no último ano pela Grafo Audiovisual, de Aly Muritiba em sociedade com Antônio Junior e Marisa Merlo, teve patrocínio da RPC TV e apoio da Lei de Incentivo da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Foi filmado em formato de vídeo e finalizado em película 35 milímetros.

          O curta conta a breve história de um presidiário que no dia do aniversário da filha quer parabenizá-la por telefone. Devido a isso ele convence sua mãe a levar um celular para dentro do presídio. 
          Muritiba contou na palestra da Semana Acadêmica que seu filme já ganhou mais de 20 prêmios. “Apesar de todos os prêmios que o curta recebeu, o mais especial foi a menção honrosa que recebeu no festival francês Clermont-Ferrand”, revelou.

          O diretor revelou que foi um curta-metragem fácil e rápido de ser produzido, em comparação a outros roteiros que faz. “A pré-produção foi o mais demorado. De gravação levamos apenas 3 dias. No total, tivemos aproximadamente 6 meses de trabalho”, disse.

         Confira abaixo o trailer do curta-metragem “A Fábrica”, com Andrew Knoll e Eloina Duvoisin Ferreira. 

 
Rafaela Carvalho

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Vez uma era não"

Com inspiração na escola dadaísta e em seus principais elementos como a falta de sentido, não-linearidade, ironia ao tradicional, elogio do caos e apelo ao absurdo, a agência Corifeu apresenta a sua mais nova produção “Vez uma era não”.








Paula Lima

domingo, 10 de junho de 2012


Lei Rouanet- a lei de incentivo a cultura 



Daphine Augustini


 A Lei Rouanet é uma  Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), que institui politicas públicas para a cultura nacional. Três mecanismos foram criados com a Lei Rouanet: O Fundo Nacional de Cultura, Mecenato e PRONAC. Inspirado no modelo americano de renúncia do imposto de renda (taxada), ao invés de se pagar o governo, paga-se a cultura diretamente.  

         Divulgação


 Ela tem o intuito de incentivar a produção artística no Brasil, e através dela pessoas físicas ou jurídicas podem dar recursos financeiros para a implementação de projetos culturais que forem aprovados pelo Ministério da Cultura, como é o caso deste projeto.

 Para produções cinematográficas, a lei é de grande ajuda. Como são bastante caras e necessitam de vários aparelhos e locações, com a lei é possível a produção de projetos independentes, importantes para a democratização do cinema e da cultura em geral.


         Site Olhar Brasil 

 Gostou da lei? Tem interesse em produzir também? Na homepage do ministério da cultura (http://www.cultura.gov.br/site/), você encontra informações completas sobre a legislação brasileira referente ao assunto, Lei Novanet (Meceneto). 


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Cinemagran: o cinema no seu celular

       Após o tremendo sucesso do Instagram - aplicativo de compartilhamento e armazenamento de fotos em seu celular, com a possibilidade de diferentes filtros e efeitos e compartilhado nas redes sociais - surgiu o Cinemagram.

   
    O aplicativo consiste em criar imagens animadas (parecidas com gifs) em seu celular, transformando uma filmagens de alguns segundos em uma imagem estática com apenas alguns movimentos. 

  
        Assim como o pioneiro, também cria um perfil do usuário em que ele pode acompanhar os vídeos de seus amigos, avaliá-los e compartilhá-los.

                                              


        Para usar basta baixar o aplicativo em seu celular e fazer uma pequena filmagem de algo em movimento. Use a criatividade. Depois disso, será exibida então na tela uma linha de tempo para que possamos ver os detalhes capturados e escolher o momento exato para criar a cena. 


       A parte mais surpreendente do aplicativo vem agora: Uma ferramenta sem muito mistério que nos permite animar apenas uma parte da imagem – basta pintar a área desejada com o dedo para criar o efeito.



  
       A empresa criadora é a Factyle, que prometeu em breve desenvolver o aplicativo também para as pessoas que usam celular com sistema Android. Atualmente, está disponível apenas para Iphones. O programa é gratuito.





Links interessantes para quem quiser ver mais ideias criativas:
http://cinemagr.am/trending
http://cinemagram.tumblr.com/page/2
http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/veja-16-gifs-animados-geniais-feitos-com-o-cinemagram/

Postado por Carolina Chinen

domingo, 3 de junho de 2012

Olhar de Cinema tem programação de sucesso



O Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba começou na última terça-feira, dia 29 de maio, com sucesso de público. Todos os eventos do festival lotaram os locais onde foram realizados. A programação do primeiro dia de festival começou durante a tarde com o seminário de Erick Soares no SESC Paço da Liberdade. A primeira tarde ainda contou com a exibição dos filme “Noite de estreia” e “Sombras”, ambos apresentados nas salas da Cinemateca.

À noite, foi realizada a abertura oficial do evento. A cerimônia aconteceu no Auditório Salvador de Ferrante – o Guairinha. Os 496 lugares do teatro estavam ocupados pela imprensa e o público. O diretor do festival, Aly Muritiba, realizou um discurso para celebrar o acontecimento do evento. O filme “Mr. Sganzerla” foi exibido na cerimônia.

A cerimônia de abertura do Festival aconteceu no Guarinha


O seminário ministrado por Erick Soares foi o primeiro da série de cinco que serão realizados durante o evento. Assim como ele, os demais seminários também acontecerão no SESC Paço da Liberdade, sempre às 13 horas e 30 minutos. Com o tema “Tecnologias e fluxos de produção de cinema digital com câmeras super 35mm digital HD e 4k”, o seminário teve como o objetivo oferecer uma visão geral das tecnologias e produtos disponíveis no mercado para a produção de filmes em digital. Além disso, Soares buscou traçar um panorama das opções de como tratar o conteúdo de cada tecnologia em seus fluxos de trabalho agilizando e viabilizando os trabalhos desde a produção até a pós-produção. O palestrante Erick Soares é especialista em novas tecnologias e produtos no mercado de Broadcast e há 13 anos trabalha na Sony como engenheiro de Suporte a Vendas.

                                          
Erick Soares ministrou o seminário sobre tecnologia


Os filmes da mostra “Olhar Retrospectivo” foram os primeiros filmes a serem exibidos pelo Olhar de Cinema. As exibições foram realizadas nas salas da Cinemateca de Curitiba. O filme escolhido para abrir a programação foi “Noite de Estreia”, do diretor John Cassavetes. O longa conta a história de uma mulher incapaz de admitir que está envelhecendo. Do mesmo diretor de “Noite de Estreia”, o filme “Sombras” também fez parte da programação do primeiro dia de festival. “Sombras” fala do romance de uma mulher branca descendente de negros com um homem branco. Cassavetes é norte-americano e dono de um estilo de trabalho próprio. Seus filmes são produzidos com orçamento reduzido, produção independente e a mesma equipe de técnicos e atores. O diretor é considerado o “pai” do cinema independente dos Estados Unidos. O filme “Sombras” será exibido novamente na sexta-feira, no Espaço Itaú de Cinema. 


“Mr. Sganzerla” foi o filme escolhido para ser exibido na cerimônia de abertura realizada ontem no Guairinha. Brasileiro, o filme recria o ideário do cineasta Rogério Sganzerla por meio dos signos recorrentes em sua obra.

O Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba vai até a próxima segunda-feira, dia 04 de junho. Os eventos acontecem no Espaço Itaú de Cinema, Cinemateca de Curitiba, SESC Paço da Liberdade, SESC da Esquina, Teatro Guairinha e Museu Oscar Niemeyer. Toda a programação do evento é de entrada franca, os bilhetes estarão disponíveis nas bilheterias com antecedência de uma hora de cada sessão. Só é possível retirar um ingresso por pessoa. Algumas exibições possuem classificação indicativa. A programação completa do festival está disponível em www.olhardecinema.com.br 



sábado, 2 de junho de 2012

Dadaísmo, a lógica da desconstrução III

As diversas artes que o movimento dadaísta engloba

      Como publicado anteriormente o movimento não está inserido somente no cinema, mas também na música e poesia e, essencialmente, nas artes plásticas.
      Os pintores, guiados pela anarquia, não fazem uso de técnicas e temas de pintura. Com isso expressam repulsa em relação à sociedade e ao capitalismo. Na escultura dadaísta há grande dedicação à experimentação, improvisação e desordem.
      Nas artes plásticas os artistas faziam o uso de colagens e tinham o costume de aproveitar pedaços de materiais ou objetos que encontravam nas ruas.

Marcel Duphamp

Marcel Duphamp

Max Ernest

Max Ernest

Hans Arp


Hans Arp

      O cinema e a fotografia dadaísta foram guiados por espontaneidade inata que resultou em algo absurdo e abstrato. Apesar do caráter experimental, essas obras estiveram no topo da modernidade e passaram a fazer parte da história destas duas artes.

Man Ray

Man Ray

Hans Richter

  Na literatura a falta de sentido alcançou sua expressão máxima:
"Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros jesus chamando criancinhas do dia, o retorno a primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano." Tristan Tzara.


   Tristan Tzara: poeta que participou na fundação do movimento dadaísta em Zurique em 1916.



Rafaela Carvalho


    

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba começa amanhã


     A primeira edição do Olhar de Cinema 2012 – Festival Internacional de Curitiba começa nesta terça-feira, 29. A cerimônia de abertura será realizada amanhã, às 19:00, no Teatro Guairinha. O filme de abertura é “Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz”, de Joel Pizzini.
     Serão 72 filmes que representam 22 países, incluindo obras premiadas em importantes festivais internacionais. As produções apresentadas são totalmente inéditas no Brasil, incluindo uma retrospectiva John Cassavetes em cópias novas 35 mm.
     O Festival Internacional de Curitiba recebeu 1549 inscrições de filmes de 81 países. São 242 longas internacionais, 95 longas brasileiros, 816 curtas internacionais e 396 curtas brasileiros.
     Desse total foram selecionados 24 longas internacionais, 8 longas nacionais, 12 curtas internacionais e 14 curtas nacionais num total de 58 filmes compondo a seleção oficial do evento. Além das 9 vídeo arte da mostra Multiolhares, haverá ainda 5 longas de John Cassavetes que compõem a mostra Olhar Retrospectivo, totalizando assim 72 filmes de 22 países que compõem esta primeira edição doOlhar de Cinema 2012 - Festival Internacional de Curitiba. 


 SERVIÇO:

Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

De 29 de maio a 04 de junho de 2012.

Realização: Grafo Audiovisual, Ministério da Cultura, Governo Federal.

Patrocínio: Volvo, Copel, Schweppes.

Apoio: Estúdio Tijucas, Conta Cultura, Governo do Estado do Paraná, Shopping Crystal

Apoio Cultural: SESI-PR, SESC-PR, SESC Paço da Liberdade.

Promoção: RPCTV, Gazeta do Povo.

Locais: 

· Espaço Itaú de Cinema - Shopping Crystal – Exibição da seleção oficial de filmes. Rua Comendador Araújo, 731 – Batel.

· Cinemateca de Curitiba – Exibição da seleção oficial de filmes. Rua Carlos Cavalcanti, 1174 - São Francisco.

· Museu Oscar Niemeyer – Mostra paralela Multiolhares. Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico.

· Sesc Paço da Liberdade – Seminário e Debates com os Realizadores.Praça Generoso Marques – Centro.

· Sesc da Esquina – Realização das Oficinas. Rua Visconde do Rio Branco, 969.

· Teatro Guairinha – Cerimônias de Abertura e Encerramento. Rua XV de Novembro s/n.

· SESI (várias unidades nos bairros) - Mostra Olhar Itinerante.



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dadaísmo, a lógica da desconstrução II


     A publicação de hoje é para dar continuidade à pesquisa que está sendo feita pela Corifeu Produções sobre a vanguarda Dadaísta. Para retomar, Dadaísmo é um movimento cinematográfico que tem o intuito de ironizar o tradicional e enfatizar o absurdo e o caos, de não ter sentido e não ser linear.
     Na última postagem pudemos identificar aspectos históricos e marcas estéticas deste movimento. Em relação a vídeos e filmes atuais que fizeram apropriações de características do Dadaísmo é possível citar “Gugudadá – dadaísmo contemporâneo”, vídeo produzido em 2009 por Guilherme Sanches e Sanny Purwin. Como na própria descrição “Este filme tem como propósito se apropriar da estética dadaísta para criticar e denunciar a loucura contemporânea”.


O vídeo nada mais é que uma crítica criativa a loucura contemporânea da sociedade. O homem, a partir da implantação do modo de produção capitalista, passa a ser visto apenas como agente produtivo, e não mais como ser com sentimentos, desejos e necessidades próprias.
Com a vida urbana, que pode ser caracterizada pelas fábricas, fumaças e engarrafamentos que aparecem logo no inicio, as pessoas se dedicam tanto ao trabalho e a ganhar dinheiro que não tem tempo de desfrutar os prazeres simples da vida, como ver o próprio filho dar o primeiro passo ou falar a primeira palavra. Existem mães que preferem passar o dia no salão de beleza e/ou fazendo tratamento estético a passar um dia brincando de boneca com as filhas. A valorização do consumo desenfreado que a mídia sugestiona todos os dias aumentou tanto que, para muitos, é melhor ter a ser. O ser humano se tornou mais individualista, preocupado apenas com ele mesmo e o que lhe diz interesse. Assim sendo, como pode ser visto em uma das últimas imagens do vídeo, os problemas dos outros estão tão distantes que não afetam a realidade, pois, afinal, “o que eu tenho a ver com isso”?

      Outro exemplo de 1970, é o curta-metragem Linguagem da Persuasão, de Joaquim Pedro, uma breve divagação sobre a influência da mídia na vida do cidadão moderno.


Conforme o artigo de João Toledo, publicado no site Filmes Polvo, “é possível perceber elementos de um cinema que não abre mão de expor uma forma particular de avaliar a realidade, levando o filme para muito além de seu objetivo original: o olhar subversivo para a realidade que compra beleza sem sequer questionar a manipulação à qual é submetida; o discurso corrosivo camuflado de jornalismo na voz de Ferreira Gullar, discutindo a passividade do ser diante do universo persuasivo do marketing; a dimensão visual em contraste com o discurso, visitando supermercados, comerciais, revistas, embalagens e profissionais do ramo no ritmo da construção e rumo ao desmoronamento do discurso publicitário que se pretende desmistificar, quase como uma colagem dadaísta.”

     São características do Dadaísmo o uso de colagem de imagens, mediante a isso o vídeo de abertura da minissérie “Capitu”, de Luiz Fernando Carvalho em 2008, é também uma apropriação do movimento. E seguindo essa ideia de montagens e colagens há também o curta Virile Games, de Jan Svankmajer, produzido em 1988.



 

      Em “21 Gramas”, filme de 2003 de Alejandro González Inarritu, é possível fazer uma analogia com o dadaísmo pelo fato do filme possuir uma estrutura não linear. São apresentados fragmentos do passado, o presente e o futuro dos personagens principais.


      Seguindo a linha jornalística e fazendo relação com o Dadaísmo, “Nós que aqui estamos, por vós esperamos”, filme de Marcelo Masagão lançado no Brasil em 1998, é um documentário que também remete à estética da vanguarda. Inicialmente pelo seu nome que, na realidade, é a frase do portal de um cemitério, algo que já ironiza o tradicional, e durante o filme também há diversas colagens. “Nós que aqui estamos por vós esperamos” foi premiado no Festival de Gramado em 2000 por sua montagem e no Festival do Recife como melhor filme, melhor roteiro e melhor montagem.

 

No documentário, segundo Fernanda Nascentes, “o diretor dá uma volta ao mundo passando por guerras, dirigindo o olhar para consequente banalização da vida e da morte. Aborda a industrialização do mundo, trata da alienação dos trabalhadores que se transformaram em peças da engrenagem capitalista. Mostra regimes totalitários, religiões, em suma, humaniza e contextualiza a história do século passado”. (Para ler mais sobre o artigo de Fernanda acesse http://www.spiner.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=1130).

Rafaela Carvalho
Paula Lima